Por que a realidade virtual é importante para o futuro do comércio

A realidade virtual (RV) oferece uma experiência mais imersiva que o cinema moderno e mais interativa que os jogos de console. Mas tanto para consumidores quanto para empresas, suas aplicações se estendem além do entretenimento.

A RV percorreu um longo caminho desde os headsets de papelão que o Google lançou em 2014, então vale a pena explorar o estado da RV nos dias atuais, seus casos de uso comerciais e empresariais para negócios e razões para ficar animado com o futuro da RV.

O que é RV e por que a realidade virtual é importante?

A realidade virtual é um ambiente 3D simulado que os usuários podem experimentar, olhar ao redor, se mover dentro dele e até mesmo interagir usando um headset especializado e sensores e controles externos.

Contudo, ela é melhor descrita através dos momentos — ou melhor, memórias — daquilo que você vivencia quando coloca um headset na cabeça.

Ao experimentar a realidade virtual com o Vive, da HTC, muitos usuários relatam interações imersivas e inesperadas, como brincar de jogar bolinha com um cachorro-robô em um laboratório futurista, arremessar um boné em direção ao Sol, assustar-se com o gemido grave de um zumbi ou até tentar usar a mão virtual para coçar o nariz real.

Essas situações mostram como a RV transforma o participante em parte ativa de um ambiente totalmente novo — uma experiência muito diferente de simplesmente assistir a um filme ou jogar em um console tradicional.

Ao contrário de outras formas de mídia, a realidade virtual isola o ambiente externo de um jeito que não só ajuda a acreditar no que está sendo visto, mas também estimula todos os sentidos e mergulha a pessoa de forma profunda na experiência.

Do lado de fora, os espectadores verão alguém utilizando um headset, movimentando as mãos e exibindo uma expressão facial alegre ou séria.

Porém, a pessoa que utiliza o headset está completamente atraída em um mundo totalmente diferente, onde ela consegue influenciar e interagir com o ambiente de uma forma que simplesmente não é possível em qualquer outro meio.

É fácil não acreditar na realidade virtual, caso você ainda não a tenha experimentado. Afinal, as tentativas de realidade virtual datam dos anos 60, todas as quais simplesmente não funcionaram. Porém, no caso da RV atual, após testar algumas experiências diferentes, ficou claro por que o Facebook investiu US$ 2 bilhões para comprar o sistema de realidade virtual Oculus Rift em 2014.

A realidade virtual não é apenas para gamers  —  mas pode ter aplicações revolucionárias em entretenimento, marketing, colaboração remota, treinamento e educação.

A tecnologia está preparada para um grande crescimento na próxima década. A Fortune Business Insight espera que o mercado cresça a uma taxa anual composta (CAGR) de ~ 28,9 % entre 2025 e 2032.

Existem dois tipos de pessoas: aquelas que pensam que a RV mudará o mundo; e aquelas que não experimentaram a RV.

Palavras simplesmente não bastam. A melhor forma de compreender a realidade virtual é experimentá-la por conta própria. A segunda melhor forma de compreender a RV é entender o que ela não é.

O que a realidade virtual não é

Antes de testar a realidade virtual, é comum criar uma ideia equivocada sobre como ela funciona. Comparações entre diferentes experiências mostram que muitas pessoas podem cometer o mesmo erro.

Por isso, antes de avançar para as implicações da RV, vale esclarecer alguns pontos importantes.

1. Realidade virtual não é modismo

A RV não será "a próxima etapa depois dos filmes 3D". Ela também não tem nada a ver com "possuir uma pequena TV amarrada ao seu rosto". Tampouco é "apenas para gamers".

Realidade virtual é uma forma emergente de tecnologia que levará algum tempo para se estabelecer completamente — como o automóvel ou até mesmo o computador pessoal.

Este trecho da revista Commodore publicado em 1987 (matéria em inglês) ilustra a atmosfera de ceticismo que tende a acompanhar novas tecnologias — neste caso, o computador pessoal:

"Os especialistas previram que, dentro de cinco anos, toda residência teria um computador. Papai administraria sua empresa nele. Mamãe guardaria suas receitas nele. As crianças fariam sua lição de casa nele. Atualmente, apenas 15% dos lares americanos possuem um computador — e os outros 85% não parecem estar minimamente interessados. Existe um sentimento generalizado de que o computador pessoal foi uma moda e de que não há objetivo prático para se manter um computador em casa."

Pode-se confiar na tecnologia para crescer a taxas exponenciais — entretanto, o quão bem se adotam essas tecnologias dependerá de muitas outras variáveis. Porém, diferentemente do smartwatch e de outros dispositivos recentes, há mais apostas em torno da RV — do Cardboard, do Google, ao Steam, da Valve, passando pelo Oculus, do Facebook, pelo Vive, da HTC, e chegando à VR do Playstation, da Sony. Pode-se esperar que a adoção ocorra de forma muito mais suave e rápida, em comparação com o que ocorreu às outras tecnologias emergentes.

E isso é ótimo, pois a realidade virtual não é apenas uma evolução incremental em termos de inovação. Trata-se de um enorme salto à frente.

2. Realidade virtual não é igual à realidade aumentada

Você provavelmente já experimentou a realidade aumentada anteriormente, principalmente se utilizou os filtros de vídeo do Snapchat para vomitar arco-íris ou trocar de rosto com amigos.

A realidade aumentada (RA), como o nome sugere, aumenta a realidade através da aplicação de uma camada sobre sua perspectiva do mundo real. Da mesma forma que um "heads-up display" (HUD), a RA aprimora sua percepção — ela não tenta substituí-la completamente.

A realidade virtual, por outro lado, remove você da realidade, e é isso que possibilita a ela criar um nível de imersão nunca antes atingido.

E, embora seja possível combinar ambas as realidades, de modo que algumas partes sejam originárias do mundo real e outras sejam virtuais, a imersão completa que se obtém a partir da "RV verdadeira" é o que a torna drasticamente diferente de tudo o que você já experimentou.

Tipos de realidade virtual

1. RV não imersiva
2. RV semi-imersiva
3. Cardboard do Google e Vive da HTC são mundos virtuais à parte
4. RV totalmente imersiva
5. RV de realidade mista

Nem todas as experiências de RV são iguais. Algumas você pode experimentar no seu smartphone sem nem sair do lugar, enquanto outras requerem um hardware especializado e um espaço físico dedicado para se movimentar.

Os diferentes tipos de realidade virtual podem ser divididos em quatro categorias, que seguem a história e evolução da RV como tecnologia.

1. RV não imersiva

A RV não imersiva permite que você interaja com um ambiente virtual sem removê-lo da sua realidade física. Quando você joga um videogame que permite controlar um personagem em um ambiente virtual, isso é RV não imersiva.

Raramente pensamos nisso como realidade virtual, mas a RV não imersiva atua como uma base essencial para entender o que seria a RV "verdadeira" hoje.

Exemplos de RV não imersiva incluem:

• Jogos online multijogador (MMORPG) que permitem explorar um mundo virtual com personagens virtuais, como World of Warcraft
• Simuladores que imitam uma experiência real, como Microsoft Flight Simulator
• Ferramentas de colaboração remota inspiradas em jogos, como Gather, que permitem que funcionários ou participantes de eventos se movam e interajam em um local de trabalho virtual dentro de seus navegadores

2. RV semi-imersiva

A RV semi-imersiva é a forma mais simples de realidade virtual como muitos a conhecem. Na maioria dos casos, ela usa o hardware existente de smartphones modernos para combinar o movimento e a direção do seu telefone com a experiência.

O que a torna semi-imersiva é que, embora possa simular a sensação de se mover através de um espaço virtual, seu movimento através do seu espaço físico não faz parte da experiência.

Existem muitos headsets de baixo custo que aprimoram a RV semi-imersiva, como o Google Cardboard, onde seu smartphone atua tanto como display quanto como processador para aplicativos móveis habilitados para RV.

Como resultado, a RV semi-imersiva é um ótimo meio para conteúdo de marketing, já que as barreiras são menores tanto para produzir quanto para consumir o conteúdo, do que a RV totalmente imersiva.

Exemplos de RV semi-imersiva incluem:

• Tours virtuais de destinos de viagem, propriedades imobiliárias, museus, etc.
• Eventos e shows transmitidos ao vivo
• Aplicativos de meditação em realidade virtual com visuais e áudios calmos

3. Cardboard do Google e Vive da HTC são mundos virtuais à parte

Há basicamente duas experiências bastante diferentes de RV que você pode experimentar hoje.

Uma delas é econômica e acessível, consistindo principalmente em vídeos 360 graus. Você deve ter conferido esses vídeos no YouTube ou Facebook. Basta inserir seu smartphone em um Cardboard, do Google, no Gear VR, da Samsung, ou em outro headset, iniciar um app compatível com RV e colocar o dispositivo na cabeça. O acelerômetro do seu smartphone permite que seu ponto de vista corresponda ao movimento do seu headset.

Considerando seu preço incrivelmente baixo, o Cardboard, do Google, não é uma maneira ruim de sentir o gostinho da RV em sua forma mais rudimentar. Porém, ele não se compara à experiência da verdadeira realidade virtual.

Andar de montanha-russa em um vídeo 360 graus é apenas uma parte mínima da experiência de RV.

A Volvo usa RV semi-imersiva para criar test drives virtuais para seus veículos. Tudo o que você precisa é um smartphone.

4. RV totalmente imersiva

A RV totalmente imersiva é a forma mais avançada de realidade virtual e requer hardware especializado. Na RV totalmente imersiva, o usuário usa um headset com sensores integrados ou externos para rastrear seus movimentos através do espaço físico e fornecer uma experiência 3D realista.

Anteriormente, a RV totalmente imersiva exigia um investimento de mais de R$ 10.000 para um dispositivo de realidade virtual de primeira linha, controles, um PC gamer poderoso ou console, e câmeras montadas — além de um espaço dedicado para configurar tudo. E por todo esse esforço, ocasionalmente tropeçar no fio conectado ao seu headset ainda quebrava a imersão.

O lançamento do headset Meta Quest 2 (anteriormente Oculus) em 2020 marcou uma grande mudança para a RV totalmente imersiva, não apenas reduzindo o preço para o nível de smartphones e tablets, mas também eliminando a necessidade de uma conexão com fio e espaço dedicado, tornando a RV totalmente imersiva mais acessível e portátil.

Para experimentar a realidade virtual ao máximo, você precisará de um PC poderoso e mais de R$ 4.000 para adquirir o headset Vive, da HTC, além de dois controles de movimento e sensores de movimentação. Também será preciso um espaço próprio para montar tudo. Porém, isso leva a experiência para outro nível, proporcionando interação de ambiente, profundidade e movimento em um espaço 3D.

Novos recursos foram adicionados desde então para aprofundar a imersão, como rastreamento de mãos que permite usar as suas para interagir dentro da RV, e feedback háptico que usa vibrações no headset e controles para imitar colisão com objetos e paredes virtuais.

Exemplos de RV totalmente imersiva incluem:

• Jogos de realidade virtual como o jogo de tiro em primeira pessoa Half-Life: Alyx ou eSports de RV emergentes, como o gratuito EchoVR
• Redes sociais de RV como Meta Horizon Worlds, onde você pode experimentar inúmeros mundos virtuais diferentes gerados por usuários para se encontrar, jogar, assistir filmes com outros usuários, participar de shows virtuais ou relaxar
• Experiências de colaboração remota replicando interações presenciais de escritório, como o Meta Horizon Workrooms

Embora o vídeo 360 graus seja um passo adiante rumo a uma nova direção, seria um grande equívoco presumir que você realmente experimentou a realidade virtual, caso essa seja a única alternativa que tenha testado.

5. RV de realidade mista

A realidade mista (RM) leva a RV em uma direção diferente. Ao invés de colocá-lo em um mundo virtual, ela traz objetos virtuais para o seu próprio mundo, adicionando uma camada de realidade aumentada (RA) sobre uma visão do seu ambiente imediato.

A realidade mista tem muitos casos de uso no futuro do comércio em particular. Imagine poder experimentar uma roupa ou maquiagem em um espelho virtual, ou visualizar móveis e decoração para casa na sua sala de estar.

As formas mais simples de realidade mista requerem apenas o navegador e a câmera do seu smartphone, mas muitos headsets e óculos de RV aprimoram a experiência interagindo com o ambiente ou até mesmo recriando um ambiente em realidade virtual.

Exemplos de realidade mista incluem:

• Size.Link da Shopify, que permite visualizar o tamanho de qualquer conjunto de dimensões no seu espaço usando a câmera do seu smartphone
• Modelos 3D de produtos com alta fidelidade que podem ser projetados na sua casa usando a câmera do seu smartphone. Com isso, você responde a perguntas como "Qual o tamanho?" ou "Vai combinar com o que eu já tenho?"
• Escanear um ambiente físico e carregá-lo como reconstrução digital onde você pode rapida e facilmente fazer edições e mudanças na RV

O futuro do comércio na RV não é o que você pensa

Quando se imagina fazer compras dentro da realidade virtual, é fácil presumir que será algo parecido com a experiência tradicional com a qual você está acostumado: empurrar um carrinho, pegar os itens que quer comprar e levá-los ao checkout, mas tudo isso do conforto da sua casa.

Entretanto, isso configuraria o mau uso da RV e da imaginação humana — principalmente porque os ambientes virtuais oferecem uma tela 3D em branco que pode ser preenchida com literalmente qualquer coisa.

Por exemplo, ao invés de apresentar seus equipamentos de camping em uma área desorganizada da loja, por que não exibir seus produtos bastante distante de qualquer cidade, junto ao pôr do sol e a uma fogueira estalando — transportando seus clientes para esse local, em vez de deixar por conta da imaginação deles?

Além disso, a RV oferece aos consumidores uma noção de escala com seus produtos — algo que sempre se mostrou complicado de se transmitir online, até mesmo nas melhores páginas de produtos.

Naturalmente, setores específicos serão mais beneficiados pela RV, como a indústria de móveis, pois os consumidores poderão visualizar mesas ou sofás em salas virtuais e obter uma ideia melhor de como esses itens ficariam em suas casas. Eles poderão até mesmo personalizar esses produtos, alterando sua cor ou tamanho, e observar suas escolhas virtualmente ganhando vida à sua frente — e apenas a uma compra de distância de se materializar na frente deles.

Benefícios empresariais e corporativos da RV

Conforme a RV ganha popularidade entre os consumidores, exemplos de casos de uso empresariais e corporativos também começaram a surgir, alguns dos quais foram comentados acima.

Esses benefícios podem não ser óbvios e ainda estão sendo explorados, mas há muitos exemplos de experimentos e protótipos de RV que mostram o potencial da tecnologia no mundo dos negócios, combinando imersão e interatividade.

Oferecer programas de treinamento realistas para funcionários sem os riscos

A RV pode ser usada para treinar funcionários em ambientes arriscados ou funções que são difíceis de replicar no mundo físico. Já existem plataformas de RV como Osso que permitem que profissionais médicos pratiquem cirurgia em um ambiente de RV sem riscos.

Mas até mesmo o desenvolvimento de habilidades interpessoais ensinadas tradicionalmente usando ambientes de sala de aula ou sistemas de gestão de aprendizagem pode ser aprimorado usando RV. Basta usar cenários interativos roteirizados que parecem mais reais que qualquer dramatização.

Usando o microfone integrado de um headset de RV, plataformas como Talespin conseguem oferecer treinamento de desenvolvimento de liderança para qualquer coisa, desde gestão de desempenho até construção de parcerias, em que você responde usando sua voz a um parceiro virtual alimentado por IA.

Fazer com que os clientes "experimentem antes de comprar"

A RV já é sofisticada o suficiente para dar aos usuários modelos virtuais detalhados de produtos físicos que são quase indistinguíveis do original (ou próximos o suficiente para responder questões específicas que seriam impossíveis a partir de uma foto 2D do produto).

Empresas na indústria de decoração e móveis podem usar RV para simular produtos nas casas de seus clientes. Você pode contratar um designer de modelos 3D para criar uma versão virtual dos seus produtos usando apenas fotos, e então reutilizar, editar ou clonar esse modelo 3D para usar em outras experiências virtuais.

Entender o comportamento do usuário na RV

A análise influencia fortemente a forma como as empresas melhoram suas experiências de usuário ao longo do tempo, como mapas de calor que mostram a profundidade de rolagem em um site, o número de cliques em botões específicos e o tempo médio gasto em uma página.

Com a RV, há mais pontos de dados para informar decisões, desde o movimento dos olhos até como um usuário pega e examina um objeto virtual.

Varejistas podem usar RV para simular experiências de compra e rastrear o comportamento do usuário, como onde eles olham, com o que interagem e o que compram.

Melhorar a conexão e a produtividade do trabalho remoto

No levantamento da Forbes Brasil, 54% dos profissionais que trabalham atualmente de forma presencial gostariam de migrar para modelo híbrido ou remoto.

Conforme o trabalho remoto se torna a norma, a colaboração remota tem que seguir. Embora soluções baseadas na web sejam comuns, soluções de RV estão começando a surgir para facilitar reuniões, encontros, atividades de team building e até escritórios virtuais.

A Meta, líder em RV, lançou o Horizon Workrooms para seu headset Meta Quest, que usa realidade mista para unir seu espaço de trabalho físico e um escritório de realidade virtual personalizável.

Você pode criar um avatar de RV parecido com você, compartilhar a tela do seu computador, apresentar, até mesmo escrever em um quadro branco junto com sua equipe de diferentes continentes e pular a chatice do Zoom.

RV não é apenas para consumidores

O papel que a RV terá no futuro do comércio não se limitará apenas ao lado do consumidor. Também haverá implicações para os empresários.

Embora você provavelmente não vá administrar sua loja online na RV, poderá passar algumas horas entre jogos e outros tipos de entretenimento. Você precisará de uma forma para continuar imerso na RV, de modo que não seja preciso remover o headset a cada mensagem de texto, telefonema ou distração do mundo real.

O Vive, da HTC, é capaz de se conectar com seu smartphone, lhe permitindo responder chamadas e mensagens sem remover o headset. O mesmo poderia ser feito com notificações de pedidos ou dúvidas de suporte. Um lojista poderia realizar operações básicas para sua loja virtual durante um jogo ou outra experiência.

A RV também pode ajudar empreendedores a planejar o visual de uma loja virtual, ou ainda visualizar conceitos de produtos antes da sua criação. De fato, a RV pode fazer mais do que apenas lhe mostrar o produto à sua frente. Ela poderá apresentar todos os componentes dele, permitindo que você compreenda melhor a forma como as partes se encaixam.

Isso pode ser extremamente útil para fins de treinamento, ou até mesmo para mostrar a um fabricante as etapas necessárias para montar o seu produto.

Metaverso: uma rede social inevitável na RV

Quando se fala de realidade virtual, algo a se lembrar é que ela — assim como a televisão, os consoles de vídeo game ou seu smartphone — será algo que as pessoas utilizarão com frequência para consumir conteúdo ou interagir com outros indivíduos no mundo inteiro.

A questão imprescindível, então, será esta: quais tipos de redes sociais a RV criará? Em um ambiente virtual, existe a oportunidade de se interagir com outras pessoas de uma maneira mais "presencial" do que em uma chamada de vídeo do Zoom.

Essa rede social hipotética foi batizada de "metaverso". Quando implementada, ela representará um grande ponto de inflexão para a RV.

Assim que uma experiência social consistente e conectada for estabelecida — como o Facebook ou o X —, ela poderá se transformar em um novo canal de engajamento entre empresas e consumidores.

A RV pode ser virtual, mas os benefícios são muito reais

A realidade virtual tem aplicações amplas para consumidores, comércios e empresas que se expandiram rapidamente nos últimos anos. Embora hoje se esteja longe de viver as vidas em mundos virtuais como um romance de ficção científica, seria um erro descartar o valor da RV como entretenimento e escapismo.

Os objetos e ambientes virtuais podem não ser reais, mas o potencial da RV definitivamente é.

A realidade virtual finalmente se tornou realidade

Se você ainda não experimentou a RV, vale muito a pena fazê-lo, caso tenha a oportunidade. Porque um dos aspectos que irá surpreender você é o quão boa a RV atualmente é  —  o quão fácil é se perder dentro dessa experiência.

Ao considerar as melhorias inevitáveis que surgirão para essa tecnologia, bem como a ainda crescente biblioteca de conteúdo para RV, é seguro dizer que, após décadas de tentativas, a realidade virtual não é mais algo encontrado somente entre as páginas de algum livro.

A realidade virtual agora é uma realidade.