Comércio digital: como funciona e tendências em 2026

Desde os dias do boom das pontocom, o varejo online tem gradualmente passado a representar uma parcela significativa do mercado global.

Até 2024, o e-commerce representará quase 22% das vendas globais no varejo. Mas o comércio digital (D-Commerce) abrange muito mais do que um simples clique ou pesquisar um produto online antes de comprá-lo numa loja física.

O que é comércio digital?

O comércio digital é a compra e venda de produtos e serviços através de canais digitais, como a internet, aplicativos móveis e plataformas de redes sociais. Ele engloba compras online, pagamentos eletrônicos, marketing digital e gestão de dados de clientes para aprimorar a experiência do usuário e a eficiência dos negócios.

Comércio digital vs. e-commerce

O e-commerce é a venda de produtos e serviços online, geralmente através de um site configurado e dedicado a essas transações: um cliente compra um produto num site e o site envia esse produto. O e-commerce é apenas uma parte da jornada de compra do cliente e, portanto, uma parte de todo o universo do comércio digital.

O comércio digital inclui todos os processos e tecnologias que contribuem para o movimento do cliente ao longo do funil de marketing, desde a aquisição até a retenção.

Pense na otimização de SEO para ajudar um site de e-commerce a ranquear no Google, publicidade de retargeting para promover produtos aos usuários depois que visitaram (e saíram do) seu site de e-commerce, tecnologias de pagamento e a engenharia logística que leva um produto do depósito até a casa do cliente de forma mais rápida e eficiente.

O comércio digital também abrange a próxima geração do e-commerce, expandindo a jornada do cliente e a experiência de compra além do clique para comprar, adentrando o mundo das compras em realidade aumentada (AR), inteligência artificial, assistentes de compras e muito mais.

Como funciona o comércio digital?

O comércio digital começa na primeira vez que um cliente encontra uma marca ou produto online. Eles podem ver um anúncio no feed das redes sociais, o nome de domínio da marca nos resultados de busca do Google, ou uma listagem de produto num agregador de varejo.

Imagine um cliente comprando numa plataforma de comércio como a Amazon, por exemplo. O site deles depende de um algoritmo complexo para mostrar aos clientes páginas de busca individualizadas para qualquer item específico. A ordem na qual os itens aparecem pode ser completamente diferente de um cliente para outro, dependendo dos registros de comportamento do cliente, localização geográfica e qualquer número de outras variáveis.

Cada compra automaticamente informa o marketing para a próxima. Análises são usadas para melhor informar como os produtos são anunciados, apresentados num site e até mesmo como o suporte e consultas de clientes são tratados.

Nesse sentido, o comércio digital é menos sobre o processo de levar compras do ponto A ao ponto B e mais sobre como os dados do cliente são coletados e aproveitados para otimizar continuamente a experiência de compras online.

Exemplos de comércio digital

O comércio digital abrange uma ampla gama de atividades comerciais online. Aqui estão quatro exemplos de comércio digital:

• Varejo online: envolve vender produtos físicos online, como roupas, eletrônicos ou artigos para casa. É fácil configurar uma loja online com plataformas de comércio digital como a Shopify.
• Produtos digitais: e-books, software, aplicativos móveis, cursos online e assinaturas digitais (como serviços de streaming) são bens intangíveis. Vender produtos digitais é fácil com plataformas como Gumroad, Teachable e Udemy.
• Serviços online: empresas que oferecem serviços podem vender sua expertise online. Há web design, design gráfico, marketing digital e consultoria. Plataformas como Upwork e Fiverr conectam prestadores de serviços com clientes.
• Marketplaces online: marketplaces conectam compradores e vendedores para uma infinidade de produtos. Há Amazon, eBay e Etsy para produtos físicos, e Envato Market para ativos digitais como templates de sites.

Tendências do comércio digital

Assim como a internet, a experiência do comércio digital evolui constantemente. Algumas tendências na indústria incluem:

Personalização

Os cookies, pequenos pedaços de código que permitem aos sites "lembrar" de seus usuários e assim personalizar conteúdo para eles, revolucionaram a experiência do cliente online. Hoje, os clientes esperam uma experiência individualizada, e 88% dizem que têm mais probabilidade de fazer uma compra de marcas que oferecem experiências customizadas.

Produtos interativos

Varejistas digitais começaram a incorporar realidade aumentada e virtual como pontos de contato adicionais ao longo da jornada do cliente. Por exemplo, varejistas de roupas online podem usar AR para criar provadores digitais, onde clientes podem experimentar roupas virtualmente.

Controle de estoque

O estoque continua sendo uma despesa enorme para varejistas digitais, um problema que a tecnologia tem trabalhado duro para resolver. Hoje, grandes varejistas como a Target e o Walmart usam programação sofisticada para identificar estoques de produtos em lojas físicas em todo o país, permitindo que utilizem suprimentos das lojas para atender pedidos online de clientes. Isso elimina a necessidade de estoques separados na loja e no depósito, o que pode resultar em custos operacionais caros. Alternativamente, enormes varejistas de comércio digital como o Alibaba Express cortam o intermediário, conectando consumidores diretamente com fornecedores, eliminando a necessidade de armazenagem significativa.

Marketing integrado

O comércio digital, com seus inúmeros canais, criou fragmentação na experiência do cliente. O marketing integrado é um possível antídoto para esse desafio: ao unificar a criação de marketing em todos os pontos de contato com o cliente, as marcas podem alcançar uma experiência digital coesa que atende às expectativas do cliente num mundo digital disperso.

Automação

A automação está se tornando mais popular conforme os varejistas tentam otimizar operações e reduzir custos. Com automação no e-commerce, as empresas podem focar em aspectos mais críticos, como crescimento e experiência do cliente, ao automatizar tarefas repetitivas de estoque, marketing e suporte.

Comércio baseado em API

O comércio headless é uma abordagem moderna ao comércio digital que separa a experiência do usuário front-end da infraestrutura de e-commerce back-end. Essa tendência permite que as empresas ofereçam experiências de cliente mais personalizadas e flexíveis através de vários canais e dispositivos.

Crie sua estratégia de comércio digital hoje

O comércio digital essencialmente amplifica o modelo de negócios do e-commerce ao expandir suas oportunidades de geração de valor e receita.

Ao aproveitar tecnologias que vão desde cookies próprios e personalização até funcionalidade de AR, as marcas podem criar uma experiência de compras perfeita para os clientes.